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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Uma lenda dos Mouros

 

 

 Lenda dos Mouros


Uma mulher da aldeia das Casas da Ribeira foi fazer um parto a uma moura.

A mulher andava no campo a apanhar lenha, quando lhe aparece um homem a pedir-lhe para ela ir assistir ao parto da mulher, que estava para ter um filho.

A mulher aceitou o convite e lá foi atrás do homem. Quando chegou às penhas do Chorro, ali numa rocha abriu-se uma porta e a mulher entrou.

Era uma linda casa subterrânea debaixo da rocha. O homem agradeceu à mulher com um braçado de lenha às cavacas. A mulher ao sair dali resmungava:

Olha agora com que me agradeceu, com um braçado de lenha!

E ela deitou a lenha fora, mas no fundo do cesto ficou uma falhasca. A mulher viu que era ouro.

Quando ela pega na falhasca, transformou-se num lindo cordão em ouro.

A mulher ficou louca. Tinha uma filha para lhe dar aquele lindo cordão. Pelo caminho, ela encontrou um tronco de oliveira e pendurou o cordão no tronco, para ver a vista que fazia no pescoço da filha.

Quando isso aconteceu, o malvado cordão transformou-se numa serpente, que até cortou o tronco da oliveira.

E tudo isto aconteceu porque a mulher foi mal agradecida.

Esta lenda foi cedida pela Sra. Dona Cremilda Matos. | Imagem de skeeze

Nota: A localidade de Casas da Ribeira pertence à freguesia e concelho de Mação.

terça-feira, 21 de setembro de 2021

A Lenda dos Sete Ais | Sintra – Estremadura

 

       


 

A lenda dos sete ais!

 

Esta é uma lenda estranha que está na origem do nome de um local do concelho de Sintra (Seteais) e que remonta a 1147, data em que D. Afonso Henriques conquistou Lisboa aos Mouros.

Destacado para ocupar o castelo de Sintra, D. Mendo de Paiva surpreendeu a princesa moura Anasir, que fugia com a sua aia Zuleima. A jovem assustada gritou um “Ai!” e quando D. Mendo mostrou intenção de não a deixar sair, outro “Ai!” lhe saiu da garganta.

Zuleima, sem lhe explicar a razão, pediu-lhe para nunca mais soltar nenhum grito do género, mas ao ver aproximar-se o exército cristão a jovem soltou o terceiro “Ai!“.

D. Mendo decidiu esconder a princesa e a sua aia numa casa que tinha na região e, querendo levar a jovem no seu cavalo, ameaçou-a de a separar da sua aia se ela não acedesse e Anasir deixou escapar o quarto “Ai!“.

Anasir apaixonou-se por D. Mendo de Paiva

Pouco depois de se instalar na casa, a princesa moura apaixonou-se por D. Mendo de Paiva, retribuindo o amor do cavaleiro cristão que em segredo a mantinha longe de todos.

Um dia, a casa começou a ser rondada por mouros e Zuleima receava que fosse o antigo noivo de Anasir, Aben-Abed, que apesar de na fuga se ter esquecido da sua noiva, voltava agora para castigar a sua traição.

Zuleima contou a D. Mendo que uma feiticeira lhe tinha dito que a princesa morreria ao pronunciar o sétimo “Ai!“. Entretanto, Anasir curiosa pela preocupação da aia em relação aos seus “Ais”, exprimiu o quinto e o sexto consecutivamente, desesperando a sua aia que continuou a não lhe revelar o segredo.

D. Mendo partiu para uma batalha e passados sete dias foi Aben-Abed que surpreendeu Anasir, que soltou o sétimo “Ai!“, ao mesmo tempo que o punhal do mouro a feria no peito.

Enlouquecido pela dor, D. Mendo de Paiva tornou-se no mais feroz caçador de mouros do seu tempo.

Texto retirado de site já desactivado | Imagem de Jazi Araújo

 

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Esta não é Lenda

 

 



O Prego no Pão

 

Quem diria que o prego, ou bife no pão, surge em Portugal na Praia das Maçãs?

 

"A verdadeira história está relacionada com o nome Manuel Dias Prego, um dos primeiros habitantes da Praia das Maçãs no final do século XIX, local onde era proprietário de uma taberna. A Taberna do Prego. Ora nessa taberna Manuel Prego servia fatias de vitela fritas ou assadas em pão saboroso e acompanhadas de vinho da região.

 

Rapidamente a carne em pão se tornou um sucesso na Praia das Maçãs e arredores. Diz-se que terá sido nesse local que José Malhoa pintou o seu famoso quadro “Praia das Maçãs”. Quem sabe se saboreando tal iguaria enquanto pintava!

 

Com o passar dos anos, o nome da sandes passou a ser vulgarmente conhecida como Prego, em honra do seu criador, sendo que no início do século XX já havia sido copiada a receita para outros locais, começando o Prego a fazer parte das ementas das tabernas de todo país e não só de Sintra."

 Recebido por email

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Lenda da Sopa da Pedra

 




Lenda da Sopa da Pedra

Reza a lenda que um frade pobre e faminto, que andava em peregrinação, chegou a Almeirim. Com o estômago a dar horas, bateu à porta da casa de uns aldeões. Porém, por ser demasiado orgulhoso para pedir uma refeição, pediu aos donos da casa que lhe emprestassem uma panela para preparar uma sopa deliciosa só com uma pedra.

Os que o recebiam, ansiosos por perceber como é que isso era possível, acederam ao seu pedido. O frade apanhou uma pedra do chão, sacudiu-a e entrou na casa.

O frade colocou a panela ao lume só com a pedra e um pouco de água. Questionado pela dona da casa sobre se não precisaria de mais alguma coisa, respondeu que era preciso temperar a sopa… A mulher deu-lhe o sal, mas ele sugeriu que para ficar melhor, devia levar um fiozinho de azeite.

Depois pediu um pouco de toucinho, batatas, feijão, carne, enchidos, uns temperos… E por aí fora, até a panela estar cheia de coisas boas e a sopa cheirar cada vez melhor.

Quando o frade acabou de a confecionar, comeu-a. No fundo da panela, ficou apenas a pedra. A gente da casa que viu o frade confecionar a sopa perguntou-lhe por que ficara ali a pedra. A isto, o clérigo respondeu prontamente: “A pedra, agora lavo-a e levo-a comigo para outra vez”.

E assim nasceu a lenda de uma das mais famosas especialidades de Almeirim!


Retirado da Internet

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Lenda das Amendoeiras em Flor

 


 

 Lenda das Amendoeiras em Flor

Há muitos séculos, quando ainda Portugal não existia, reinava em Chelb, a futura Silves, o rei árabe Ibn-Almundim. Um rei que nunca tinha conhecido uma derrota.

Um dia, entre os prisioneiros de uma batalha, viu uma bela jovem de olhos azuis e cabelos e pele clara. Era Gilda, a Princesa do Norte.

Impressionado com a rapariga, o rei mouro deu-lhe a liberdade. Aos poucos foi conquistando a sua confiança e um dia confessou-lhe o seu amor e pediu-lhe para ser sua mulher.

Foram muito felizes mas a agora rainha, à medida que os anos passavam, ficava cada vez mais triste e melancólica… Um tempo mais tarde, o rei conseguiu finalmente que Gilda lhe confessasse o motivo da sua tristeza. A bela Princesa do Norte sentia saudades de ver os campos da sua terra natal cobertos de neve. Já não podia olhar para aquele branco sem fim e isso deixava-a triste.

Receoso por perder a amada, o rei teve uma ideia: ordenou para que em todo o Algarve se plantassem amendoeiras. Desta forma, quando abrissem em flor, pareceria que tinha nevado.

Na primavera seguinte, o rei levou Gilda à janela do terraço do castelo. Ao ver as flores brancas das amendoeiras, a princesa começou a sentir-se melhor e a recuperar forças. Aquela visão indiscritível das flores brancas davam-lhe a ilusão da neve e as saudades de Gilda desapareceram.

O rei e a princesa viveram felizes para sempre, esperando todas as primaveras, pelo belíssimo espetáculo das amendoeiras em flor.

Retirado da Internet 

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Lenda da Torre da Princesa

 

 



Lenda da Torre da Princesa

Há muito, muito tempo, a cidade de Bragança foi a aldeia da Benquerença. Nessa altura, vivia no castelo uma princesa órfã com o seu tio.

A princesa apaixonou-se por um nobre e valente cavaleiro que também gostava muito dela. No entanto, o rapaz era pobre e sabia que nessas condições não podia aspirar a casar com a princesa. Decidiu, então, partir em busca de fortuna, prometendo-lhe voltar só quando se sentisse digno de a pedir em casamento.

Durante muitos anos a princesa esperou o seu apaixonado e recusou todas as propostas de casamento que iam aparecendo. Farto desta situação, o tio da jovem resolveu forçá-la a casar-se com um nobre cavaleiro seu amigo.

Quando a princesa conheceu o cavaleiro, disse-lhe que o seu coração pertencia a outro que havia de voltar um dia. O tio, mais furioso do que nunca com o sucedido, resolveu vingar-se.

Assim, durante a noite, mascarou-se de fantasma e entrou por uma das duas portas do quarto da princesa. Uma vez lá dentro, disse-lhe que esta seria condenada para sempre se não aceitasse casar com o cavaleiro.

A princesa, aterrorizada, estava quase a prometer ao fantasma que casaria com o amigo do tio… Mas eis que a outra porta do quarto se abriu e um raio de sol entrou pelo quarto desmascarando o seu tio.

Desde então, a princesa nunca mais foi obrigada a quebrar a sua promessa e ficou sempre a morar naquela torre, que até hoje é conhecida pela Torre da Princesa. Já as duas portas dos seus aposentos ficaram conhecidas pela Porta da Traição e Porta do Sol.

Retirado da Internet

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Lenda da Lagoa das Sete Cidades

  


 

Lenda da Lagoa das Sete Cidades


Conta-se que há muitos, muitos anos, no lugar onde se situa a freguesia das Sete Cidades, existiu um grande reino. Nele viveu uma princesa de olhos azuis, muito bela e bondosa, de seu nome Antília.

A princesa gostava muito da vida campestre e de passear pelos campos, apreciando tudo o que a natureza tem de bom.

Um dia, durante um dos seus passeios, a jovem princesa passou por um prado onde pastava um rebanho. Ali perto, tomando conta do rebanho, estava um simpático pastor de olhos verdes, com quem a princesa decidiu conversar.

Daí em diante passaram a encontrar-se todos os dias para conversar. O tempo foi passando e os dois jovens tornaram-se cada vez mais próximos e apaixonados.

Quem não gostou de saber que a princesa e o pastor se andavam a encontrar foi o rei. Ele queria que a sua filha casasse com um príncipe de um dos reinos vizinhos e, por isso, proibiu-a de voltar a ver o pastor.

A princesa acabou por aceitar a cruel decisão do pai, mas pediu-lhe que a deixasse encontrar-se mais uma vez com o pastor para se despedir. Um pedido que o rei aceitou.

Encontraram-se pela última vez nos campos verdes onde se tinham conhecido. Falaram, como de costume, sobre o seu amor e também da separação imposta pelo Rei. E choraram. Choraram muito. Tanto que junto aos seus pés aos poucos foram crescendo duas lagoas. Uma delas, com águas de cor azul, nasceu das lágrimas derramadas pelos olhos azuis da princesa. A outra, de cor verde, nasceu das lágrimas derramadas dos olhos verdes do pastor.

Se os dois apaixonados não puderam viver juntos para sempre, pelo menos as lagoas nascidas das suas lágrimas ficaram juntas para sempre.

Retirado da Internet

sábado, 10 de julho de 2021

Lenda do Galo de Barcelos

 

 


 

             Lenda do Galo de Barcelos  

A lenda do Galo de Barcelos é talvez uma das lendas de Portugal mais conhecidas. Reza a lenda que os habitantes de Barcelos andavam alarmados com um crime, cujo responsável ainda não tinha sido descoberto. Até que um certo dia, um peregrino galego apareceu na cidade e tornou-se suspeito.

Apesar de jurar inocência, dizendo que estava apenas de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela, as autoridades resolveram prendê-lo.

O peregrino foi preso e condenado à forca. Como última vontade, pediu que o levassem até ao juiz que o tinha condenado. Quando chegaram à residência do magistrado, o juiz estava a deliciar-se com alguns amigos com um grande banquete.

O peregrino voltou a afirmar a sua inocência e suplicou para não ser enforcado. Perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa, e exclamou: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem”.

Gargalhadas e risos não se fizeram esperar, mas pelo sim e pelo não, ninguém comeu o galo. Até que o que parecia impossível aconteceu. Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo ergueu-se na mesa e cantou! Afinal, o homem estava mesmo inocente!

O juiz correu para a forca e quando lá chegou, ficou atónito com o que viu. O galego estava vivo, com uma corda lassa à volta do pescoço. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz. Anos mais tarde voltou a Barcelos e ergueu o Monumento do Senhor do Galo em louvor à Virgem Maria e a Santiago Maior.

terça-feira, 29 de junho de 2021

Tradições de São Pedro

 

festa de são pedro em setúbal

Cidade de Setúbal enfeitada para a festa de São Pedro

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Tal como São João e Santo António, São Pedro é um santo popular muito estimado. É o último santo popular de acordo com as datas, apesar das cantigas populares.

Este dia é também conhecido como o dia São Pedro e São Paulo. Julga-se que 29 de junho é a data do aniversário da morte destes santos. Neste dia, celebra-se também o Dia do Papa, visto São Pedro ter sido o primeiro Papa da Igreja Católica.

Para diferenciar São Pedro de outros santos homónimos, costuma-se designá-lo como São Pedro Apóstolo.

 

São Pedro nasceu em Betsaida, na Galileia, e era pescador. Ele conheceu Jesus em Betânia, através de seu irmão André.

Seu nome original era Simão, mas Jesus lhe chamou de Cefas (Rocha, do grego Petros), cuja tradução é Pedro, e o instituiu como líder da Igreja: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16:18).

Ao seguir o Messias, Pedro abandonou seu passado como pescador de peixes e se tornou pescador de homens como um dos doze apóstolos. Após a ressurreição de Cristo, Pedro seguiu na sua missão de erguer a Igreja.

Em Jerusalém, São Pedro encontrou-se com São Paulo, e o apoiou na decisão de expandir o cristianismo também para os não judeus.

A tradição católica considera São Pedro como o primeiro Papa. O martírio de São Pedro ocorreu em Roma, sendo crucificado de cabeça para baixo na Colina Vaticana, provavelmente no ano de 64 d.C.

Na Bíblia, a trajetória de São Pedro pode ser lida nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Além disso, ele escreveu também duas epístolas e há registo de sua vida nos livros de Atos dos Apóstolos e nas epístolas de Paulo.

A data é celebrada no mês dos santos populares - junho - e a tradição manda que a população festeje a data decorando as ruas com várias cores e manjericos.


Procissões, bailes e marchas populares são organizadas nas ruas e a música está sempre presente. Na gastronomia, a sardinha assada, o pimento, broa, caldo verde e vinho são os elementos principais da festa.

Algumas cidades celebram o feriado municipal no dia de São Pedro, como por exemplo: Póvoa de Varzim, Sintra, Montijo, Évora, Castro Verde, São Pedro do Sul, Seixal, Macedo de Cavaleiros, Ribeira Grande, Felgueiras e Bombarral.

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quinta-feira, 24 de junho de 2021

São João

 


 

Balões de São João

Na noite de 23 de junho, os céus do Porto enchem-se de luz e cor por causa do lançamento de balões de ar quente. Esta tradição está inserida numa prática de culto pagão ao sol e à luz. Para além do simbolismo associado, tem a beleza de ser um ato de grupo, em que todos contribuem entusiasticamente para acender o balão de São João e depois contemplam-no juntos enquanto ele sobe e se torna um pontinho luminoso no céu.

Nos últimos anos, as autoridades introduziram limitações à venda de balões, de modo a evitar incêndios. A tradição de lançar balões foi restringida, uma vez que a queda de balões chegou mesmo a causar alguns incêndios.

 Alho-porro e martelo de plástico

Martelo São João

Por visualcortex

Não há São João sem que nos batam com alho-porro ou um martelo de plástico na cabeça. Mas de onde vem esta tradição um pouco provocatória? Em meados do século XIX, havia três festividades distintas no São João do Porto (na Lapa, em Cedofeita e no Bonfim). As pessoas moviam-se entre as diferentes festividades em grandes rusgas, e iam apanhando alho-porro selvagem pelo caminho e levavam-no para casa. De seguida, colocavam-no atrás da porta da rua, para proteger a sua casa contra os maus espíritos durante todo o ano seguinte.

Para além disso, o alho-porro era também usado pelos rapazes como forma de estabelecer contacto com as raparigas com quem se cruzavam durante as rusgas. Mais recentemente, o alho-porro foi destronado pelos populares martelos de plástico, que servem para bater na cabeças das pessoas.

Os martelos são bastante coloridos e fazem um barulho estridente quando se bate com eles, para além de muitos deles possuírem um assobio na extremidade. Ou seja, representam o “acordar” da cidade e das pessoas para as alegrias do verão, depois de um inverno escuro e tristonho.

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domingo, 13 de junho de 2021

Marchas populares

 

 MARCHAS  POPULARES

marchas populares que enchem de cor as ruas de todo o país, mas sem dúvidas que as mais conhecidas são as de Lisboa em honra de Santo António, o padroeiro da cidade. As marchas populares de Lisboa remontam a 1932, quando foram organizadas as primeiras marchas competitivas, sob orientação do cineasta Leitão de Barros.

Os santos populares já eram festejados nas ruas da cidade e havia a memória das “velhas marchas populares” de cada bairro, chamadas também de ranchadas. Naquela noite de 12 de junho de 1932, Alto do Pina, Campo de Ourique e Bairro Alto disputaram o primeiro concurso e o Parque Mayer foi pequeno para tanta gente.

Atualmente, todos os anos, na noite de Santo António, crianças, jovens e adultos vestidos a rigor, com os arcos na mão, a música e a coreografia na cabeça e o orgulho no seu bairro no coração, desfilam pela Avenida da Liberdade.

 Casamentos de Santo António

Santo António é conhecido como o santo casamenteiro, por isso não poderia ser outro santo a apadrinhar o amor. Foi em 1958 que, pela primeira vez, 36 casais ficaram unidos pelo matrimónio na Igreja de Santo António. O objetivo da iniciativa, então patrocinada pelo Diário Popular, era possibilitar o casamento a casais com maiores dificuldades financeiras.

Depois de 16 anos de concorridas edições, a tradição foi interrompida em 1974. Trinta anos depois, a Câmara Municipal de Lisboa recuperou os casamentos de Santo António com o mesmo propósito de proporcionar a 16 casais um dia de sonho e memorável.

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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Manjerico

 

 Manjerico

 

 


Por pedro_figi

Outra tradição que não pode faltar nos santos populares é o manjerico. Mas sabe porque é que o manjerico é a planta oficial desta época do ano? Também é conhecido como a “erva dos namorados” porque, de acordo com a tradição, os rapazes davam um pequeno vaso de barro com um manjerico às namoradas, por altura do Santo António, o Santo casamenteiro.

Naquela época, oferecer um manjerico significava um compromisso tão forte como um pedido de casamento. A namorada, ao receber o manjerico, devia tratar da planta durante um ano até o manjerico ser substituído no dia de Santo António do ano seguinte.

Esta planta é na verdade uma erva aromática que cresce na primavera e, por essa razão, por altura do Santo António, tem já o tamanho ideal para se tirar da terra e colocar em vasos. O que acontece é que o manjerico é uma planta muito sensível e necessita de grandes cuidados. Há muita gente que acredita até que não se pode cheirar diretamente o manjerico, mas quem domina a botânica diz que isso é um mito e que os manjericos duram pouco tempo de qualquer maneira.

 

 

Hoje em dia, o vaso de manjerico não está completo se não tiver um cravo feito em papel e uma pequena bandeira com uma quadra popular quase sempre alusiva ao amor. Os jovens apaixonados pedem uma ajuda aos três Santos para encontrarem um amor para toda a vida, ou pelo menos para o festivo mês de junho.

O manjerico comprado
Não é melhor que o que dão.
Põe o manjerico ao lado
E dá-me o teu coração.

No dia de Santo António
Todos riem sem razão.
Em São João e São Pedro
Como é que todos rirão?

Manjerico que te deram,
Amor que te querem dar…
Recebeste o manjerico.
O amor fica a esperar.

Quadras ao Gosto Popular, Fernando Pessoa

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sexta-feira, 4 de junho de 2021

Tradições dos Santos Populares

 

Junho é um mês importante para os portugueses: começa o verão, os dias são maiores, as noites são mais quentes, e a alegria dos santos populares invade Portugal. Um pouco por todo o país, mas com especificidades próprias de cada região, as ruas são decoradas com flores, balões e luzes. A música popular preenche cada esquina, convidando para o bailarico até o maior pé de chumbo do mundo. Não falta o assador à porta de casa, emanando o cheiro das sardinhas assadas na brasa, com o caldo verde e o vinho tinto a acompanhar.

Não é preciso muito para montar o arraial. Basta alegria e boa disposição e uma ajudinha do São Pedro para que a chuva não arruine a festa. Há várias tradições associadas às celebrações do Santo António, São João e São Pedro, mas será que conhece a sua origem e o porquê de existirem? Deixamos-lhe aqui algumas das mais conhecidas tradições que fazem dos santos populares uma das maiores festas de Portugal.

 Sardinha






A sardinha assada na brasa é um prato tradicional da cozinha portuguesa que se pode comer todo o ano, mas ganha outro sabor durante os santos populares. Durante o mês de junho não pode faltar uma “sardinhada” em cada casa. A abundância deste peixe na costa portuguesa e a grande tradição piscatória explicam a forte presença da sardinha à mesa dos portugueses.

A melhor forma de confecionar as sardinhas é prepará-las de véspera e temperá-las com sal grosso, colocá-las num grelhador duplo por cima das brasas, sem chama, em lume brando, normalmente acompanhadas com pimento assado também na brasa e batata cozida. Dizem os especialistas na arte da sardinha que devem ser saboreadas em cima de uma fatia grossa de pão que absorve a sua gordura natural.

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segunda-feira, 24 de maio de 2021

ALENTEJO

 

 


 

 ALENTEJO

A Páscoa em Castelo de Vide, no Alentejo, ganha notoriedade devido à Bênção dos Cordeiros e às Chocalhadas.

O primeiro costume simboliza o momento em que os judeus saíram do Egipto e mataram cordeiros de forma a conseguir untar as portas com o seu sangue, para que não matassem os primogénitos dos hebreus. No Alentejo ainda se comemora este momento, juntamente com componentes cristãos para realçar ambas as culturas.

As Chocalhadas atraem inúmeros portugueses e turistas às ruas íngremes de Castelo de Vide. À noite, centenas de pessoas juntam-se no Lageado com chocalhos de várias formas e criam um ruído característico e envolvente que serve de “oração” durante o Cortejo de Aleluia.

As celebrações terminam a Semana Santa, no domingo, com a Festa das Flores.

Retirado da Internet 

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Lenda da Costureirinha

 

 


Lenda da Costureirinha

 


Diz-se que no início do século XX havia no Baixo Alentejo uma costureira que trabalhava muito, incluindo ao Domingo. Por isso, por não respeitar o dia sagrado segundo a tradição católica, Deus castigou-a e fez com que andasse a vaguear no mundo dos vivos, depois da sua morte.
Outra versão é que esta costureira tinha feito uma promessa a S. Francisco, em vida, e nunca a cumpriu até morrer. Assim, deveria redimir-se, passando um período de errância, antes de subir aos céus. O motivo não se sabe, mas o que se sabe é que a costureirinha se tornou alma-penada e vagueava entre os vivos, invisível.
No silêncio da noite, ouvia-se a costureirinha a coser, e muitos ouviam a máquina a trabalhar, a tesoura a cortar, o dedal a cair. No entanto, esta assombração não assustava os alentejanos, pois a costureirinha era familiar. E agora, será que ainda se sente?

Se estas lendas têm o seu quê de verdade, não sabemos, e talvez nunca venhamos a saber. Algumas destas e muitas outras lendas portuguesas deram nome a cidades, a vilas, e até originaram rituais. Agora, resta-nos esperar que os que ainda as conhecem, as continuem a contar e a passar de geração em geração.

 Fonte: A Bruxa vol.1 por J.E. Baker 1892.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

A Lenda da Senhora que Passou

 

 


 A Lenda da Senhora que Passou

 

Em Vila Verde, Braga, também uma freguesia chamada Paçô ficou marcada por um amor impossível. A lenda de Paçô conta que, certo dia, pai e filha caminhavam pela estrada quando resolveram parar para descansar. A filha, Joana, desceu a um riacho para beber água. O espanto da jovem veio quando o riacho lhe falou, com voz de homem. Ela, assustada, ouviu, como o riacho lhe dizia que pelo amor que lhe tinha, se transformaria em rio para a seguir. O riacho com voz de homem pediu à jovem Joana que lhe beijasse as águas e dissesse baixinho “Amor”, para selar a promessa. A jovem assim fez, mas de seguida correu para o pai que a chamava.
À noite, enquanto o pai dormia, Joana esgueirou-se para ver se o riacho a seguira. Desceu e deparou-se com um rio! A moça pediu ao rio que se mostrasse na forma de homem, pedido ao que o rio acedeu. No momento em que o rio se fazia homem, o pai de Joana apareceu e, vendo a filha com um rapaz, ficou fora de si e levou-a para longe. O rio feito homem só pôde ver a sua amada a desaparecer.
No dia seguinte, conta o povo, ouviam-se lamentos com voz de homem vindos dos lados do rio. “A senhora passou por aqui? Passou? Passou?”, perguntava a voz. De tanto repetir estas palavras, o lugar ficou conhecido por Passô, e o rio chamou-se Rio Homem. De Joana, nunca mais se soube, mas a sua memória continua viva em Vila Verde.

 Fonte: A Bruxa vol.1 por J.E. Baker 1892.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

ÓBIDOS

 

  


 ÓBIDOS

 

A vila de Óbidos é, por si só, um local mágico e que nos remete automaticamente para os primórdios da história de Portugal. Na Páscoa, esta localidade volta a ser palco para mais uma índole histórica e religiosa portuguesa.

Anualmente desperta o interesse de milhares de visitantes, que pretendem assistir a um dos melhores programas para a Semana Santa, através de inúmeras atividades, entre as quais: a Procissão Penitencial da Ordem Terceira de S. Francisco, conhecida também como a procissão da rapaziada, na qual desfilam vários andores decorados com flores; a Procissão do Senhor Jesus dos Passos, um cortejo caracterizado pelo “gafáu”, que caminha descalço, com a cabeça envolvida por um pano e, transportando um instrumento musical, o “serpentão”, anuncia que o condenado se aproximará; e a mais conhecida Procissão do Enterro do Senhor, onde se percorre a Vila unicamente à luz dos archotes que ardem nas mãos dos mais jovens, colocados em pontos estratégicos do percurso.

Retirado da Internet

domingo, 4 de abril de 2021

Páscoa

 

 Páscoa

Apesar da absorção e mistura de comemorações a nível mundial, há tradições que se mantêm intactas até hoje.

Em Portugal, a Páscoa é uma das datas mais queridas para a população e isso deve-se ao facto de ser um dos países mais religiosos da Europa, ocupando a 9.ª posição da lista em 2018.

São inúmeras as tradições que ainda hoje podemos encontrar de Norte a Sul do país. O folar, a cruz, as procissões, o compasso, o cordeiro, os doces e as iguarias, são exemplos.

De região para região, os costumes variam. Vamos conhecer alguns?

 


 

 BRAGA

Na Semana Santa, Braga ganha vida com uma das maiores celebrações da cidade e recebe milhares de visitantes todos os anos.

A cidade enche-se de motivos alusivos à quadra, incenso, altares, flores, luzes e faixas roxas, e celebra a Páscoa através de diferentes iniciativas, das quais se destaca a Procissão da Burrinha - onde a imagem de Nossa Senhora é transportada por uma burrinha -, a procissão de Trasladação da Imagem do Senhor dos Passos, o Domingo de Ramos – composto pela missa, bênção e procissão de ramos –, a famosa Procissão do Senhor “Ecce Homo” ou dos “Fogaréus” – que personifica os penitentes e evoca o julgamento de Cristo – e o Compasso Pascal.

Para além das celebrações religiosas, a cidade oferece inúmeros eventos socioculturais, como concertos e exposições

 Retirado da Internet

quinta-feira, 25 de março de 2021

Lenda da Moura da Ponte de Chaves

 

 


 

 Lenda da Moura da Ponte de Chaves

 


Reza a lenda de Chaves que no século XII, uma jovem moura ficara noiva do primo, Abed, filho de um guerreiro mouro que virara alcaide. A jovem, apesar de ter aceitado o noivado, não amava o futuro marido. Anos mais tarde, os cristãos voltaram para reconquistar Chaves, e a jovem moura foi tomada refém por um guerreiro cristão. A moura e o cristão apaixonaram-se e viviam felizes, enquanto o seu prometido e o seu tio fugiram de Chaves. Os cristãos ganharam a guerra e restabeleceu-se a paz.
Abed, que sabia do caso, nunca perdoou, e voltou à cidade vestido de mendigo, para se vingar. Esperou-a na ponte e, quando a viu, pediu-lhe esmola. A moura, que lhe estendeu a mão, cruzou olhares com ele e o mouro rejeitado rogou-lhe a praga: “Para sempre ficarás encantada sob o terceiro arco desta ponte. Só o amor de um cavaleiro cristão, não aquele que te levou, poderá salvar-te.” A moura desapareceu como por magia, e só umas poucas damas cristãs foram testemunhas.
O amado procurou a sua moura por toda a parte e nunca a encontrou, acabando por morrer de tristeza e saudade. E a moura encantada da ponte nunca mais foi vista. Anos mais tarde, diz o povo que, numa noite de S. João, passava um cavaleiro cristão pela ponte quando ouviu murmúrios e socorros. Então, uma voz de mulher lhe pediu para descer ao terceiro arco da ponte e dar-lhe um beijo. O jovem cristão, com medo, fugiu. Assim, ficou a moura da ponte de Chaves encantada para sempre. Agora, nas noites de S. João, é possível ouvir os lamentos da moura encantada, que está eternamente castigada por se ter apaixonado.

 Fonte: A Bruxa vol.1 por J.E. Baker 1892.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Lenda da Boca do Inferno

 

 


 

Lenda da Boca do Inferno

 


Esta lenda passa-se na zona de Cascais, onde em tempos existiu um castelo habitado por um bruxo malvado. O bruxo escolheu a mais bela donzela da zona para se casar, mas ao vê-la em pessoa decidiu prendê-la escondida, louco de ciúmes pela beleza dela. A donzela ficou confinada a uma torre solitária, com um cavaleiro de guarda, sem nunca se poderem ver.
Os anos passaram e os dois conversavam e faziam-se companhia, até que o cavaleiro decidiu subir à torre para ver a sua amiga. Diz a lenda que, quando o cavaleiro abriu a porta, ficou embasbacado com a sua beleza e rapidamente se enamorou dela. Os apaixonados decidiram fugir a cavalo, esquecendo-se que o bruxo enfeitiçara a donzela e de tudo sabia.
O feiticeiro, enraivecido e sedento de vingança, invocou uma tempestade fortíssima que atingiu os rochedos por onde os amantes fugiam. Os rochedos abriram-se como uma boca, e as águas engoliram a donzela e o cavaleiro. Esse buraco nunca mais fechou, e a população começou a chamar-lhe Boca do Inferno, pelo destino infeliz que o par teve.

 Fonte: A Bruxa vol.1 por J.E. Baker 1892