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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Poetas da Nossa Terra



Soneto já antigo

Olha, Daisy: quando eu morrer tu hás-de  
dizer aos meus amigos aí de Londres,  
embora não o sintas, que tu escondes  
a grande dor da minha morte. Irás de 
  
Londres pra York, onde nasceste (dizes...  
que eu nada que tu digas acredito),  
contar àquele pobre rapazito 
que me deu tantas horas tão felizes, 

Embora não o saibas, que morri... 
mesmo ele, a quem eu tanto julguei amar,  
nada se importará... Depois vai dar 

a notícia a essa estranha Cecily  
que acreditava que eu seria grande...  
Raios partam a vida e quem lá ande!

Álvaro de Campos

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