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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Poetas da Nossa Terra



 :  o órgão do mar 

  
por vezes
quando caminho sobre as pedras da beira rio
que se rasgam sob os passos
interrogo a tarde e os fantasmas
que se escapam destas fendas.


ao som de uma melodia evanescente
abro as portas da alma
e, de par em par,
todos os portões do corpo.


sem amarras, à beira de Ser
acalmo então a passada


leio teresa
o poema da recusa e pressinto
que se não as polpas
então os verbos crus nus como
os meus pés descalços, sempre descalços, sabem de ti
da erva
da cidade
do mar que é nosso
que unindo afasta as marés e as margens,


da falésia


de todas as coisas visíveis
de todas as se opõem
simétricas e complementares


das que falam
das que calam
das que gemem de prazer
das que gritam gaivotas soltas no silêncio de mulher,


é então que, em emudecimento contemplativo, oiço a lição de nietzsche
e, experimentada, solto o elástico que me prende


no vazio em queda livre, convicta
deixo-me pender, árvore de braços abertos
sobre o mar …


Teresa Horta
Poema inédito

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Poetas da Nossa Terra





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José Fanha