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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Poetas da Nossa Terra

Uma Nota:

(Acaba de ser Empossado como Secretário de Estado da Cultura no Novo Governo)





Na margem de um rio


São assim os amigos, frágeis, como dunas.

Altas labaredas os consomem

e dizem nomes, recados de amor.


Nada os habita quando damos as mãos,

os rostos recortados no frio azul

para reparar o que nos une e o que nos afasta.


São assim os amigos, vêm

com uma ferida móvel entre os dedos

juto de mim. Perdidos eu os encontro,

aos amigos,ao que por ser frágil perdura

como uma claridade um nome branco.



Francisco José Viegas, in

"Metade da VIda", Ed. Quasi, Lisboa, 2002.