estou escondido na cor amarga do fim da tarde | |
sou castanho e verde no
campo onde um pássaro
caiu. sinto a terra e orgulho
por ter enlouquecido. produzo o corpo
por dentro e sou igual ao que
vejo. suspiro e levanto vento nas
folhas e frio e eco. peço às nuvens
para crescer. passe o sol por cima
dos meus olhos no momento em que o
outono segue à roda do meu tronco e, assim
que me sinta queimado, leve-me o
sol as cores e reste apenas o odor
intenso e o suave jeito dos ninhos ao
relento
valter hugo mãe |
Seguidores
terça-feira, 17 de abril de 2012
Poetas da Nossa Terra
Poetas da Nossa Terra
Sentei-me com um copo em restos dechampanhe a olhar o nada.Entre crianças e adultos sériostive trinta em casa.Será comovedor os quatro anose a festa colorida,as velas mal sopradas entre um rissolno chão e os parabéns:quatro anos de vida.Serão comovedores os sumos delaranja concentrados (proporçõespor defeito) e os gostos tãodiversos, o bolo de ananás,os pés inchados.Será soberbamente comoventetoda a gente cantando,o mau comportamento dos adultosconversas-gelatinas e os anossó pretexto.
ANA LUÍSA AMARAL , Minha Senhora de Quê,
Subscrever:
Mensagens (Atom)