LIVRE E VERTICAL
O pé fincado na espuma branca
na leve areia poalha destes astros
que respiram o diapelos troncos, árvores.
Pelas pedras já voam devagar
os exactos pássaros devorando
outro grãos de sol e trigo, areia.
Já sabemos de cor estas manhãs
tão altas e apenas meio-dia
e já os passos ressoam cavos altos
pela sombra dos corpos e dos olhos.
Não há por entre as ruas outras ruas.
Escrevo os versos com sangue disponível
dos pássaros que arremesso contra o espelho.
Caminho livre e vertival dobrando
o finíssimo equilíbrio das manhãs.