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quinta-feira, 24 de junho de 2021

São João

 


 

Balões de São João

Na noite de 23 de junho, os céus do Porto enchem-se de luz e cor por causa do lançamento de balões de ar quente. Esta tradição está inserida numa prática de culto pagão ao sol e à luz. Para além do simbolismo associado, tem a beleza de ser um ato de grupo, em que todos contribuem entusiasticamente para acender o balão de São João e depois contemplam-no juntos enquanto ele sobe e se torna um pontinho luminoso no céu.

Nos últimos anos, as autoridades introduziram limitações à venda de balões, de modo a evitar incêndios. A tradição de lançar balões foi restringida, uma vez que a queda de balões chegou mesmo a causar alguns incêndios.

 Alho-porro e martelo de plástico

Martelo São João

Por visualcortex

Não há São João sem que nos batam com alho-porro ou um martelo de plástico na cabeça. Mas de onde vem esta tradição um pouco provocatória? Em meados do século XIX, havia três festividades distintas no São João do Porto (na Lapa, em Cedofeita e no Bonfim). As pessoas moviam-se entre as diferentes festividades em grandes rusgas, e iam apanhando alho-porro selvagem pelo caminho e levavam-no para casa. De seguida, colocavam-no atrás da porta da rua, para proteger a sua casa contra os maus espíritos durante todo o ano seguinte.

Para além disso, o alho-porro era também usado pelos rapazes como forma de estabelecer contacto com as raparigas com quem se cruzavam durante as rusgas. Mais recentemente, o alho-porro foi destronado pelos populares martelos de plástico, que servem para bater na cabeças das pessoas.

Os martelos são bastante coloridos e fazem um barulho estridente quando se bate com eles, para além de muitos deles possuírem um assobio na extremidade. Ou seja, representam o “acordar” da cidade e das pessoas para as alegrias do verão, depois de um inverno escuro e tristonho.

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