NOITE ALENTEJANA
Devagarinho, o luar envolve a Terra
Como braços de amante o corpo amado.
E em êxtase profundo e perturbado,
Languidamente, a Noite, os olhos cerra.
Pelo horizonte, nu, sem uma serra,
Ondeia um véu de sombra opalizado.
E há um fremir d'amor imaculado
Na sedução que a Natureza encerra.
A luz tomba do céu, esplendorosa.
No silêncio da noite langorosa.
Sentem-se aromas leves, a pairar...
Sobem do chão eflúvios perturbantes...
E as hastes das espigas, ondulantes,
Enlaçam-se, trementes, a noivar...
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4 comentários:
Saúdo-te,de novo,pela ideia que tiveste de trazer,até às casas de todos,imagens e poemas deste Portugal
que tanto merece ser lembrado.
Mais um conjunto perfeito: imagem /palavras.
Beijo.
isa.
Sempre muito bom estar em seu espaço, tudo muito belo...
Beijos confessos
Bela imagem e poema!
"A Luz tomba do céu esplendorosa"...
Abraço
Adorei os azulejos!
Beijos.
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