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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Viagens na Nossa Terra


PORTO da minha infância

De: Teixeira de Pascoais
Lisboa em gesso Branco, o Porto em pedra escura, Sobre os abruptos alcantis do Douro; Esse rio que vem, de longe, solitário, Cobris-se de asas brancas de navios E de negros canudos de vapores. Encostados aos cais, depõem a férrea carga. Outros, vão demandando a barra e o farolim, Que dá uma luz, tão triste! em noites invernosas. Distante, no poente, esfuma-se uma nódoa, Em verdes tons fluidos que palpitam Numa névoa indecisa, vaga imagem Da tristeza do mar pintada em nossos olhos. Porto da minha infância! A primeira impressão que me causaste Tenho-a, cheia de espanto, na memória, Cheia de bruma e e de granito! É uma impressão de inverno, Sombra cinzenta, enorme, donde irrompe Alto cipreste empedernido, No meio de sepulcros habitados. (...) +++****+++

3 comentários:

Anónimo disse...

O texto de Teixeira de Pascoais e a
foto do Porto despertaram em mim uma
nostalgia,uma saudade dessa Cidade,q.
nem imaginas.Mas gostei,mesmo muito.
Grande prosador e poeta.
Beijo.
isa.

Anónimo disse...

Lindo texto para esta bela cidade.Ah! o que somos nós se não a memória do que vivemos, com nossas impressões no olhar, sempre em transformação, mas nunca no esquecimento.

Foto fascinante!
Abraço

Jorge P. Guedes disse...

Também vivi nesse Porto até à adolescência, mas sempre passei mal com a humidade.

Cumps.