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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Poetas da Nossa Terra





 ESTIAGEM

(Enxerto)


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O ganhão da Beira alpestre
Chegou da nativa serra,

Para o trabalho campestre.

Mas como amanhar a terra?

Não entra com ela o arado!…
Queimado o tojal nos montes!

Morto à fome e à sede o gado!

Secas ribeiras e fontes!

O sol alto a dardejar
Abrasou o prado e a selva!

E o cordeirito a balar

Sem ter um palmo de relva!

Não se ouvem cantar as noras…
Nem, no alfobre, umas verduras!…

Vêm repontando as auroras,

E cada em vêm mais puras!
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Bulhão Pato

2 comentários:

Luna disse...

e assim nos vai dando e relembrando os valores da poesia
beijos

Albertina Granja disse...

É um bonito poema, que nos revela um lindo cenário campestre....
Tenha uma boa semana Andrade....