Seguidores

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Poetas da Nossa Terra









Soneto de Amor


Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce! 

José Régio
**************************************

2 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia.
Um dos Poemas de Régio de que tanto gosto.
Não será dos mais conhecidos,mas é dos mais belos.
Beijo.
isa.

Albertina Granja disse...

Esta é a outra face de José Régio.....!!!!
É o seu lado romântico....!!!
É um belo poema...