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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Poetas da Nossa Terra



Pequenina



Eu bem sei que te chamam pequenina
E ténue como o véu solto na dança
Que és no juízo apenas a criança,
Pouco mais, nos vestidos, que a menina...

Que és o regato de água mansa e fina,
A folhinha do til que se balança,
O peito que em correndo logo cansa,
A fronte que ao sofrer logo se inclina...

Mas, filha, lá nos montes onde andei,
Tanto me enchi de angústia e de receio
Ouvindo do infinito os fundos ecos,

Que não quero imperar nem já ser rei
Senão tendo meus reinos em teu seio
E súbditos, criança, em teus bonecos!

Antero de Quental:


6 comentários:

Anónimo disse...

Grande Antero!
Admiro profundamente o Poeta e o Prosado!
Patabéns pela escolha.
Beijo.
isa.

Luna disse...

tens sempre escolhas perfeitas
bjs

Albertina Granja disse...

Há quanto tempo eu não lia um poema de Antero de Quental?!?!?
Graças ao "palavras pensadas" acabo de o fazer...
Obrigada

Mara Santos disse...

Boa tarde , meu querido!
Com certeza, um belo soneto de Antero de Quental!
Gostei muito da tua escolha.
Beijo carinhoso pra ti.
Mara

Arte Cerâmica Zen disse...

Muito prazer em seguir seu Blog, faz bem a alma!!!Parabéns pelas escolhas e obrigada por compartilhar.

Cris Michelon disse...

Linda escolha.
bjs