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domingo, 3 de outubro de 2010

Poetas da Nossa Terra

Pedro Só


Passaram anos e anos

sobre esta roda da vida,

farinha que foi moída,

vai-se a ver, são desenganos


Atou-me a sorte este nó,

cobriu-me com estes panos.

Ao peso dos meus enganos

sai a farinha da mó.


Na palma da mão estendida

leio um caminho de pó

lembranças do homem só

São as andanças da vida


Foram dias, foram anos,

foi uma sorte moída,

vida que tenho vivida,

(vai-se a ver são desenganos)


Foram dias, foram anos,

for a sorte apodrecida.

Dentro da roda da vida

sinto roer os fusanos


Lembranças da minha vida

perdem-se em nuvens de pó.

Bem me chamam Pedro Só,

(nome de roda partida)

F.Assis Pacheco


música de Manuel Jorge Veloso, canta Manuel Freire

Filme Pedro Só, de Alfredo Tropa, 1970

3 comentários:

Mara Santos disse...

Boa tarde,querido Zé!
Eu não conhecia esse poema e achei-o muito triste.

(...)

Na palma da mão estendida
leio um caminho de pó
lembranças do homem só
São as andanças da vida

(...)

Beijos....

Magia da Inês disse...

Olá, amigo!
O poema é bonito mas... o que passou, passou...
É preciso seguir em frente... sempre há luz no fim do túnel.
Beijinhos.
Brasil

armalu,blogspot.com disse...

lindo amigo, arranjou um lindo sarrilho, pois fiquei presa a tudo isto e mais ainda as musicas de Zeca, bonito mesmo. Parabéns E agora ir trabalhar? rsrsrs lá terá de ser bj