Passaram anos e anos
sobre esta roda da vida,
farinha que foi moída,
vai-se a ver, são desenganos
cobriu-me com estes panos.
Ao peso dos meus enganos
sai a farinha da mó.
Na palma da mão estendida
leio um caminho de pó
lembranças do homem só
São as andanças da vida
Foram dias, foram anos,
foi uma sorte moída,
vida que tenho vivida,
(vai-se a ver são desenganos)
Foram dias, foram anos,
Dentro da roda da vida
sinto roer os fusanos
Lembranças da minha vida
perdem-se em nuvens de pó.
Bem me chamam Pedro Só,
(nome de roda partida)
F.Assis Pacheco
música de Manuel Jorge Veloso, canta Manuel Freire
Filme Pedro Só, de Alfredo Tropa, 1970
3 comentários:
Boa tarde,querido Zé!
Eu não conhecia esse poema e achei-o muito triste.
(...)
Na palma da mão estendida
leio um caminho de pó
lembranças do homem só
São as andanças da vida
(...)
Beijos....
Olá, amigo!
O poema é bonito mas... o que passou, passou...
É preciso seguir em frente... sempre há luz no fim do túnel.
Beijinhos.
Brasil
lindo amigo, arranjou um lindo sarrilho, pois fiquei presa a tudo isto e mais ainda as musicas de Zeca, bonito mesmo. Parabéns E agora ir trabalhar? rsrsrs lá terá de ser bj
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