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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Poetas da Nossa Terra






À FRAGILIDADE DA VIDA HUMANA
Esse baxel, nas praias derrotado,
Foi nas ondas Narciso presumido;
Esse farol, nos ceos, escurecido,
Foi do monte libré, gala do prado.
Esse nácar em cinzas desatado,
Foi vistoso pavão de Abril florido;
Esse estio em Vesúvios encendido,
Foi Zéfiro suave, em doce agrado.
Se a nao, o Sol, a rosa, a Primavera,
Estrago, eclipse, cinza ardor cruel
Sentem nos auges de um alento vago,
Olha, cego mortal, e considera
Que é rosa, Primavera, Sol, baxel,
Para ser cinza, eclipse, incêndio, estrago.

IN "Fénix Renascida III"

Francisco de Vasconcelos

5 comentários:

Kangmush disse...

Salam for indonesia

Albertina Granja disse...

Na verdade a vida humana é uma enormíssima fragilidade...!!!
Tenha um bom dia Andrade...
Albertina

Olinda Melo disse...


Poeta denso, de palavras graníticas mas nacaradas, embaladas por suaves zéfiros e envoltas em cores primaveris, ao fim e ao cabo fazendo jus à vulnerabilidade da vida humana.

Abraço

Olinda

ONG ALERTA disse...

A vida é sensível, abraço Lisette.

Ateliê Tribo de Judá disse...

A vida sempre tão linda ...tão frágil e ao mesmo tempo tão intensa.
Como é lindo ler as formas de ver a vida pela inspiração de outras pessoas ...é magnífico .
Desejo-lhe uma linda semana.
beijos
Joelma