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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Poetas da Nossa Terra




Poema II


De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico. 

Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem. 

Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem. 

7 comentários:

Albertina Granja disse...

Andrade, este é mais um belo poema da Natália Correia...
Muito bonito..!!
Gostei...!!!
Continuação de boas férias...
Albertina Granja

Anónimo disse...

Boa tarde!
Um Poema todo feito de contrastes,com
a magia das palavras de Natália Correia.
Beijo.
isa.

Olinda Melo disse...

Olá, Andradarte

Fantástico este soneto de Natália Correia.

Fantástica a música de Zeca Afonso:

'Eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada...'

Abraço

Olinda

poetaeusou . . . disse...

*
Amigo
,
a minha poetisa preferida !
obrigado,
,
finalmente vejo-te e sei que o mar
o pinheiro e a nuvem valem a pena
e é assim que sem poetizar
se faz a si mesmo o poema .
,
in - natália correia,
no meu imaginário .
,
forte abraço,
fica,
*

Magia da Inês disse...

Muito bonito!

¸❤✿•.¸
♥ Bom fim de semana!
♡ Beijinhos.
Brasil

tulipa disse...

ACHA INTERESSANTE ESTA DESCRIÇÃO?
...
Como obra de arte,
o Chafariz dos Pasmados, poderá ser descrita da seguinte forma:

- Espaldar composto de um corpo central - de maior porte - e dois laterais, - recuados - de perfil superior recortado.

O corpo central é coroado por uma “rosa dos ventos”, em metal, facetado, com quatro pontos cardeais e oito colaterais, a qual está fixa num suporte em alvenaria que assente no frontão em forma de mitra.
Este, está separado da cartela central por um friso que corre a todo o comprimento da fonte.
Este frontão com um friso boleado toda a volta, tem no seu interior uma outra pequena cartela ladeada de dois ramos de loureiro por banda, contendo a seguinte inscrição:
“ANNO 1787”, ou seja, o ano da inauguração.

A cartela central é ladeada por duas pilastras, em cantaria, abauladas na face interior. Estas pilastras, assim como as outras duas dos cunhais da frontaria,
são rematadas por urnas, do cimo das quais saem flâmulas em espiral.

A cartela é rectangular mas nos topos formam arcos: côncavo no superior e convexo no inferior.

Sobre o superior, encontra-se o escudo de D. Maria I, (a soberana reinante em 1778), primorosamente esculpido em mármore.

No interior da reserva e assente numa peanha que faz secante ao arco inferior da cartela, está, adossado à parede, um formoso vaso florido esculpido em baixo-relevo no mármore.

Entre este e a bacia do chafariz, colocado na posição vertical, um golfinho, igualmente esculpido em mármore, com o corpo formando meia espiral, de cuja boca jorra, dia e noite água viva.

ENTÃO,
VENHA VISITAR-ME...!

AMIGO
já estive juntinho a essa estátua.
Gostei da poesia.
Obrigado pela partilha.
Abraços.

Luna disse...

a vida assim mesmo feita de contrastes vivendo a dualidade do ser e não ser
bjs