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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Poetas da Nossa Terra















Gozo
 
 
Desvia o mar a rota
do calor
e cede a areia ao peso
desta rocha
Que ao corpo grosso
do sol
do meu corpo
abro-lhe baixo a fenda de uma porta
e logo o ventre se curva
e adormece
e logo as mãos se fecham
e encaminham
e logo a boca rasga
e entontece
nos meus flancos
a faca e a frescura
daquilo que se abre e desfalece
enquanto tece o espasmo o seu disfarce
e uso do gozo
a sua melhor parte




M.Teresa Horta




6 comentários:

JUAN FUENTES disse...

Amigo mio.La poesia,la cultura y el arte son motores que siempre nos ayudan.
Gracias por tu comentário a mi foto.
Saludo desde Andalucia

tulipa disse...

Este é também um poeta da nossa terra.

Também sou Áries!!!

Manuel Lopes Fonseca,
mais conhecido como Manuel da Fonseca -(Santiago do Cacém, 15 de Outubro de 1911 — Lisboa, 11 de Março de 1993)
foi um escritor (poeta, contista, romancista e cronista) português.

Após ter terminado o ensino básico, Manuel da Fonseca prosseguiu os seus estudos em Lisboa.

Estudou no Colégio Vasco da Gama, Liceu Camões, Escola Lusitânia e Escola de Belas-Artes.
Apesar de não ter sobressaído na área das Belas-Artes, deixou alguns registos do seu traço sobretudo nos retratos que fazia de alguns dos seus companheiros de tertúlias lisboetas como é o caso de José Cardoso Pires.

Durante os períodos de interregno escolar, aproveitava para regressar ao seu Alentejo de origem.

Daí que o espaço de eleição dos seus primeiros textos seja o Alentejo. Só mais tarde e a partir de Um Anjo no Trapézio é que o espaço das suas obras passa a ser a cidade de Lisboa.
HOJE comemora-se o seu centenário!

JUAN FUENTES disse...

Te estoy agradecido por tu constancia y `por tus comentários
a mis fotos
Saludos desde Jerez

ONG ALERTA disse...

Linda escolha, bom domingo beijo Lisette.

Mara Santos disse...

Boa tarde Zé!
Mª teresa Horta é sempre uma boa escolha.
Gostei muito.
Beijos,
Mara

Isamar disse...

Sou uma leitora compulsiva de poesia pela sua linguagem encantatória perpassada de magia. Em Maria Teresa Horta está latente o erotismo,uma fina sensualidade que atraem o leitor e que o levam a uma segunda leitura e até terceira de cada poema seu. Excelente poetisa e escritora.

Bem-hajas!

Beijinho