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terça-feira, 25 de maio de 2010

Poetas da Nossa Terra

Joaquim Pessoa
De onde chegam estas palavras?

De onde me chegam estas palavras?

Nunca houve palavras para gritar a tua ausência

Apenas o coração
Pulsando a solidão antes de ti
Quando o teu rosto dóia no meu rosto
E eu descobri as minhas mãos sem as tuas
E os teus olhos não eram mais
que um lugar escondido onde a primavera
refaz o seu vestido de corolas.

E não havia um nome para a tua ausência.

Mas tu vieste.

Do coração da noite?
Dos braços da manhã?
Dos bosques do Outono?

Tu vieste.
E acordas todas as horas.
Preenches todos os minutos.
acendes todas as fogueiras
escreves todas as palavras.

Um canto de alegria desprende-se dos meus dedos
quando toco o teu corpo e habito em ti
e a noite não existe
porque as nossas bocas acendem na madrugada
uma aurora de beijos.

Oh, meu amor,
doem-me os braços de te abraçar,
trago as mãos acesas,
a boca desfeita
e a solidão acorda em mim um grito de silêncio quando
o medo de perder-te é um corcel que pisa os meus cabelos
e se perde depois numa estrada deserta
por onde caminhas nua.

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7 comentários:

Fernando Santos (Chana) disse...

Espectacular....
Um abraço

Anónimo disse...

Para mim dos melhores poemas de
Joaquim Pessoa. A sensualidade salta a cada palavra(e como eu gosto disso)
a força do sentimento domina todo o Poema.
Beijo.
isa.

Ana disse...

Com muito sentimento!
Agradeço amigo a visita que tem efectuado ao meu blog.
Bjinho :-)

Anya disse...

So touching words :-)
So lovely .....

(Sorry Jose I am late because I had internet trouble :(

Sylvia Rosa disse...

Lindo, Lindo, lindo... Mas vou voltar aqui. Meus olhos turvaram depois de ler tudo isso, acho que foi a taça de vinho, mas tudo bem, já valeu a noite.
Lindos sonhos meu amigo. Boa nt

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

meu querido amigo
Que beleza de poema, sempre escolhe bem os poetas.

deixo um beijinho
Sonhadora

Eloah disse...

Lindo, Lindo. ..Abraço