Surge Janeiro frio e pardacento
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assustam-se os fantoches em São Bento
e o decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e vilão.
Também faz o pequeno sacrifício
De trinta contos só! por seu ofício
Receber, a bem dele...e da nação.
Soneto (quase inédito), escrito em 1969 no dia
da reunião de antigos alunos.
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Descem da serra os lobos ao povoado;
Assustam-se os fantoches em São Bento
e o decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e vilão.
Também faz o pequeno sacrifício
De trinta contos só! por seu ofício
Receber, a bem dele...e da nação.
Soneto (quase inédito), escrito em 1969 no dia
da reunião de antigos alunos.
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5 comentários:
Bom Dia.
Poema com cunho político,escrito numa
época difícil.
Beijo.
isa.
Bello y osado soneto político pero sobretodo con el respeto irrestricto a todas las reglas literarias. Felicidades!Un abrazo.
Olá amigo, uma bela sátira á miséria que se viveu no passado. O quadro também é lindo, em azuis a minha cor preferida. Também gostei muito do poema dos liláses e até que um dia, também é lindo, quanto aos outros são poemas que sabe sempre bem recordar. Obrigado pela visitinha. Beijos
Um poema forte, intenso que mexe com os plolítico da nação.
Um abraço
Actual o poema de Régio, em época semelhante há de qd o escreveu. Abraço
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