Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
David Mourao Ferreira
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que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
David Mourao Ferreira
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4 comentários:
Um dos mais belos poemas de alguém que muito estimo e foi meu Professor
de Literatura Portuguesa na Fac.de Letras.Continua vivo no meu coração.
Parabéns pela escolha!
Parabéns por tudo.
Beijo.
isa.
Olá Amigo!
Lindo poema de David Mourão Ferreira,sublime escolha...Gostei!!!
Abraço
Lourenço
Meu querido amigo
Maravilhoso este poema de David Mourão Ferreira, para mim um dos mais belos.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Boa tarde , meu querido!
...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
Lindo!
Beijo carinhoso.
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