Aqui cantaste nua.
Aqui bebeste a planicie, a lua,
e ao vento deste os olhos a beber.
Aqui abandonaste as mãos
a tudo o que não chega a acontecer.
Aqui vieram bailar as estações
e com elas tu bailaste.
Aqui mordeste os seios por abrir,
fechaste o corpo à sede das searas
e no lume de ti própria te queimaste.
Aqui bebeste a planicie, a lua,
e ao vento deste os olhos a beber.
Aqui abandonaste as mãos
a tudo o que não chega a acontecer.
Aqui vieram bailar as estações
e com elas tu bailaste.
Aqui mordeste os seios por abrir,
fechaste o corpo à sede das searas
e no lume de ti própria te queimaste.
2 comentários:
Bom dia,Zé.
Trouxeste hoje um dos meus Poetas preferidos.
Nunca me canso de o ler e amo-o cada vez mais.
BFS.
Beijo.
isa.
Como sempre os poemas de Eugénio de Andrade são uma delícia para a alma.....
Este é mais um daqueles que lemos, relemos e nunca nos cansamos......
Bom fim de Semana Andrade.
Enviar um comentário