À FRAGILIDADE DA VIDA HUMANA
Esse baxel, nas praias derrotado,
Foi nas ondas Narciso presumido;
Esse farol, nos ceos, escurecido,
Foi do monte libré, gala do prado.
Esse nácar em cinzas desatado,
Foi vistoso pavão de Abril florido;
Esse estio em Vesúvios encendido,
Foi Zéfiro suave, em doce agrado.
Se a nao, o Sol, a rosa, a Primavera,
Estrago, eclipse, cinza ardor cruel
Sentem nos auges de um alento vago,
Olha, cego mortal, e considera
Que é rosa, Primavera, Sol, baxel,
Para ser cinza, eclipse, incêndio, estrago.
IN "Fénix Renascida III"
Esse baxel, nas praias derrotado,
Foi nas ondas Narciso presumido;
Esse farol, nos ceos, escurecido,
Foi do monte libré, gala do prado.
Esse nácar em cinzas desatado,
Foi vistoso pavão de Abril florido;
Esse estio em Vesúvios encendido,
Foi Zéfiro suave, em doce agrado.
Se a nao, o Sol, a rosa, a Primavera,
Estrago, eclipse, cinza ardor cruel
Sentem nos auges de um alento vago,
Olha, cego mortal, e considera
Que é rosa, Primavera, Sol, baxel,
Para ser cinza, eclipse, incêndio, estrago.
IN "Fénix Renascida III"
5 comentários:
Salam for indonesia
Na verdade a vida humana é uma enormíssima fragilidade...!!!
Tenha um bom dia Andrade...
Albertina
Poeta denso, de palavras graníticas mas nacaradas, embaladas por suaves zéfiros e envoltas em cores primaveris, ao fim e ao cabo fazendo jus à vulnerabilidade da vida humana.
Abraço
Olinda
A vida é sensível, abraço Lisette.
A vida sempre tão linda ...tão frágil e ao mesmo tempo tão intensa.
Como é lindo ler as formas de ver a vida pela inspiração de outras pessoas ...é magnífico .
Desejo-lhe uma linda semana.
beijos
Joelma
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