REALIDADE
Em ti o meu olhar fez-se alvorada
a minha voz fez-se gorgeio de ninho.
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho...
Embriagou-me o teu beijo como um vinho.
Fulgo de Espanha,em taça cinzelada...
E a minha cabeleireira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho...
Minhas pálpebras são de cor verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci...
Tens sido fora o meu desejo
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei..
Se te perdi...
Em ti o meu olhar fez-se alvorada
a minha voz fez-se gorgeio de ninho.
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho...
Embriagou-me o teu beijo como um vinho.
Fulgo de Espanha,em taça cinzelada...
E a minha cabeleireira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho...
Minhas pálpebras são de cor verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci...
Tens sido fora o meu desejo
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei..
Se te perdi...
Florbela Espanca
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3 comentários:
Cada poema da Florbela é sempre uma agradável surpresa...!!!
São todos lindos e este não é excepção....
Parabéns Andrade pela belíssima escolha...
Albertina
Visitando pela primeira vez e logo me encantei. Adoro Florbela.
Boa Páscoa!
Caro Andradarte
Gostei muito deste poema de Florbela.
Não o conhecia.
Abraço
Olinda
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