Quem morre de tempo certo
ao cabo de um certo tempo
é a rosa do deserto
que tem raízes no vento.
Qual a medida de um verso
que fale do meu amor?
Não me chega o universo
porque o meu verso é maior.
Morrer de amor é assim
como uma causa perdida.
Eu sei, e falo por mim,
vou morrer cheio de vida.
Digo-te adeus, vou-me embora,
que os versos que eu te escrever
nunca os lerás, sei agora
que nunca aprendeste a ler.
Neste dia que se enquadra
no tempo que vai passar,
termino mais esta quadra
feita ao gosto popular.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
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6 comentários:
Meu querido amigo
Mais uma bela escolha...Um poeta que adoro ler.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Leio sempre com mt carinho este grande Poeta.
Uma excelente escolha.
Beijo.
isa.
Joaquim Pessoa tem poemas lindos e este é mais um.....
"Muito ao jeito popular" como ele diz, mas muito bonito....!!!!
Parabéns pela escolha.....
Olá amigo!
Parabéns pela escolha belo poema de Joaquim Pessoa...Gostei!!!
Abraço,
Lourenço
Bela poesia.
Amor e poesia de fato
se misturam.
Gosto desta mistura...
E adorei que tenhas gostado
da minha poesia.
É que faço com muito amor.
abraço
Eis um dos meus poetas preferidos: Joaquim Pessoa. Tudo o que ele escreve vem ao encontro da nossa sensibilidade.
Abraço
Olinda
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