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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Poetas da Nossa Terra





MÚSICAS

Desculpo-me dos outros com o sono da minha filha.
E deito-me a seu lado,
a cabeça em partilha de almofada.

Os sons dos outros lá fora em sinfonia
são violinos agudos bem tocados.
Eu é que me desfaço dos sons deles
e me trabalho noutros sons.

Bartók em relação ao resto.

A minha filha adormecida.
Subitamente sonho-a não em desencontro como eu
das coisas e dos sons, orgulhoso
e dorido Bartók.

Mas nunca como eles
bem tocada
por violinos certos.

*
Ana L. Amaral
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3 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido amigo

Mais um belo poema de Ana Luísa Amaral, mais uma bela escolha de quem sente a poesia.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

Anónimo disse...

Como nós ambicionamos o que há de melhor para os nossos Filhos...
Belíssimo Poema.
Beijo.
isa.

Albertina Granja disse...

Andrade...
Que bonito poema de Ana Luisa Amaral.....!!!!
Parabéns pela escolha....