MÚSICAS
Desculpo-me dos outros com o sono da minha filha.
E deito-me a seu lado,
a cabeça em partilha de almofada.
Os sons dos outros lá fora em sinfonia
são violinos agudos bem tocados.
Eu é que me desfaço dos sons deles
e me trabalho noutros sons.
Bartók em relação ao resto.
A minha filha adormecida.
Subitamente sonho-a não em desencontro como eu
das coisas e dos sons, orgulhoso
e dorido Bartók.
Mas nunca como eles
bem tocada
por violinos certos.
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Ana L. Amaral
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3 comentários:
Meu querido amigo
Mais um belo poema de Ana Luísa Amaral, mais uma bela escolha de quem sente a poesia.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Como nós ambicionamos o que há de melhor para os nossos Filhos...
Belíssimo Poema.
Beijo.
isa.
Andrade...
Que bonito poema de Ana Luisa Amaral.....!!!!
Parabéns pela escolha....
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