«Uma perda impossível de
suportar»
é assim que Francisco José Viegas
secretário de Estado da Cultura,
fala na morte de Manuel António Pina,
jornalista, poeta, colunista, e Prémio Camões 2011.
é assim que Francisco José Viegas
secretário de Estado da Cultura,
fala na morte de Manuel António Pina,
jornalista, poeta, colunista, e Prémio Camões 2011.
O MEDO
Ninguém me roubará algumas coisas,
nem acerca de elas saberei transigir;
um pequeno morto morre eternamente
em qualquer sítio de tudo isto.
É a sua morte que eu vivo eternamente
quem quer que eu seja e ele seja.
As minhas palavras voltam eternamente a essa morte
como, imóvel, ao coração de um fruto.
Serei capaz
de não ter medo de nada,
nem de algumas palavras juntas?
Manuel António Pina, in "Nenhum Sítio".
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nem acerca de elas saberei transigir;
um pequeno morto morre eternamente
em qualquer sítio de tudo isto.
É a sua morte que eu vivo eternamente
quem quer que eu seja e ele seja.
As minhas palavras voltam eternamente a essa morte
como, imóvel, ao coração de um fruto.
Serei capaz
de não ter medo de nada,
nem de algumas palavras juntas?
Manuel António Pina, in "Nenhum Sítio".
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4 comentários:
Uma grande perda,realmente.
Gostei da escolha deste Poema.
Bom domingo.
Beijo.
isa.
uma bela homenagem com a escolha deste poema..
bjs.Sol
É uma homenagem sentida e muito bonita...!!
Uma boa semana para si Andrade...
Albertina
Meu querido amigo
Foi uma grande perda para a cultura do nosso País.
Um poema muito bem escolhido como sempre.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
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