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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Poetas da Nossa Terra





Soneto de amor 


 Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua..., — unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois... — abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce! 

José Régio, 
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5 comentários:

Anónimo disse...

Que lindo está o teu blog.
Gosto do novo visual.E a foto no início é belíssima,como belíssimo é o Poema de José Régio.
Estás de parabéns.
Beijo.
isa.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido amigo

Agora nem conhecia o blogue, está muito bonito.
Quanto ao poema, é José Régio, não se precisa dizer mais nada.
Uma bela escolha.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

mARa disse...

Poema arrebatador!

Ótima escolha.

bjão!

Albertina Granja disse...

É um belo Poema de amor....!!!

Parabéns Andrade pelo novo visual..!!
Ficou muito bonito o seu blog...
ALbertina Granja

Olinda Melo disse...


E que soneto!José Régio no seu melhor.

Obrigada, Andradarte.

Abraço.

Olinda