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sábado, 15 de setembro de 2012

Poetas da Nossa Terra





Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

5 comentários:

Albertina Granja disse...

Florbela Espanca.....!!!!!
Os sonetos belos que nunca cansam....!!!
Este é mais um....
Gostei!!!

Luna disse...

quando se abre a porta á dor a vida fica insuportável
beijinhos

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido amigo

A eterna Florbela que eu adoro ler. Sempre boas escolhas.
Se quiser ler um poema meu diferente (que nem eu achava que conseguia escrever), passe lá, gosto da sua opinião.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

Sylvia Rosa disse...

Que linda poesia Andradarte...
Saudade de vc amigo

Olinda Melo disse...


Boa noite, Andradarte

Trágica e profunda esta nossa Florbela Espanca.

Uma mulher avançada no tempo que não tinha medo de se expor, escrevendo sempre o que lhe ia na alma.

Abraço

Olinda