Mais do que um sonho: comoção!
Sinto-me tonto, enternecido,
quando, de noite, as minhas mãos
são o teu único vestido.
E recompões com essa veste,
que eu, sem saber, tinha tecido,
todo o pudor que desfizeste
como uma teia sem sentido;
todo o pudor que desfizeste
a meu pedido.
Mas nesse manto que desfias,
e que depois voltas a pôr,
eu reconheço os melhores dias
do nosso amor.
1 comentário:
Bom dia, Andradarte
Estava eu agora a entrar no meu blog e vi este seu post, que homenageia David Mourão Ferreira, um poeta que tem estado um pouco esquecido.
Adoro este poema!
Abraço
Olinda
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