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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Poetas da Nossa Terra








Mais do que um sonho: comoção!
Sinto-me tonto, enternecido,
quando, de noite, as minhas mãos
são o teu único vestido.

E recompões com essa veste,
que eu, sem saber, tinha tecido,
todo o pudor que desfizeste
como uma teia sem sentido;
todo o pudor que desfizeste
a meu pedido.

Mas nesse manto que desfias,
e que depois voltas a pôr,
eu reconheço os melhores dias
do nosso amor.

1 comentário:

Olinda Melo disse...


Bom dia, Andradarte

Estava eu agora a entrar no meu blog e vi este seu post, que homenageia David Mourão Ferreira, um poeta que tem estado um pouco esquecido.

Adoro este poema!

Abraço

Olinda