Gozo Desvia o mar a rota do calor e cede a areia ao peso desta rocha Que ao corpo grosso do sol do meu corpo abro-lhe baixo a fenda de uma porta e logo o ventre se curva e adormece e logo as mãos se fecham e encaminham e logo a boca rasga e entontece nos meus flancos a faca e a frescura daquilo que se abre e desfalece enquanto tece o espasmo o seu disfarce e uso do gozo a sua melhor parte M.Teresa Horta |
Seguidores
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Poetas da Nossa Terra
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Poetas da Nossa Terra
SO-NETO JORGE, Luiza |
A silabar que o poema é estulto o amado abre os dentes e eu deslizo; sismos,orgasmos tremem-lhe no olhar enquanto eu, quase a rimar, exulto. Conheço toda a terra só de amar: sem nós e sem desvãos, um corpo liso. Tenho o mênstruo escondido num reduto onde teoricamente chega o mar. Nos desertos-íntimos, insuspeitos- já caem com a calma as avestruzes -ou a distância, com os oásis, finda; à medida que nos arcaicos leitos se vão molhando vozes e alcatruzes ao descerem ao fundo pego, e à vinda. Luiza Neto Jorge O Amor e o Ócio Poesia |
Subscrever:
Mensagens (Atom)