No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha
Eugenio de Andrade
3 comentários:
Belíssimo,com aquele toque de sensualidade de que tanto gosto.
Beijo.
isa.
Meu querido amigo
Mais um lindo poema...adorei.
Um beijinho
Sonhadora
Boa noite, Zé!
Mais um belo e sensual poema de Eugénio de Andrade.
Gosto das tuas escolhas.
Beijo e o meu carinho.
Mara
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