Praia das Conchas
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
Tem um monstro em si suspenso.
5 comentários:
Como sabes,tenho uma admiração especial por Sophia. Conheço bem a sua obra e até estou a ler, neste momento, uma obra sua " Contos Exemplares". Este poema, juntamente com alguns outros, sei-o de cor. Gosto muito do mar, tal a autora, que passava férias em Lagos e o mar, como tudo na vida, tem duas faces, a dor e a alegria, e todo o cuidado é pouco. " Por mais bela que seja cada coisa Tem um monstro em si suspenso."
Bem-hajas, amigo!
Beijinho
Boa tarde meu querido!
Também gosto muito dos poemas de Sophia Andresen, este é lindo!
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.Mundo silencioso que não ...
Parabéns pela escolha.
Com carinho,
Mara
Gosto muito dos poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen.., todos para mim têm um encanto especial e não me canso, nunca, de os ler....
Muito obrigada Andrade por mais esta oportunidade
Meu querido amigo
Um poema maravilhoso este de Sophia,que adoro ler e este é particularmente belo.
Deixo um beijinho
Sonhadora
Amigo mio.La poesia és el alimento de nuestro espíritu.
Gracias por tus comentário a mi foto
Abrazos
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