As pessoas sensíveis |
As pessoas sensíveis não são capazes De matar galinhas Porém são capazes De comer galinhas O dinheiro cheira a pobre e cheira À roupa do seu corpo Aquela roupa Que depois da chuva secou sobre o corpo Porque não tinham outra O dinheiro cheira a pobre e cheira A roupa Que depois do suor não foi lavada Porque não tinham outra "Ganharás o pão com o suor do teu rosto" Assim nos foi imposto E não: "Com o suor dos outros ganharás o pão." Ó vendilhões do templo Ó constructores Das grandes estátuas balofas e pesadas Ó cheios de devoção e de proveito Perdoai-lhes Senhor Porque eles sabem o que fazem. Sophia de Mello Breyner Andresen (Livro sexto) |
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Poetas da Nossa Terra
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3 comentários:
É curioso que, quando pensamos e nos referimos s pessoas sensíveis, referimo-nos sempre aos outros, àqueles que sentem com profundidade, sobretudo o sofrimento alheio e que se sentem torturados por terceiros quando alguém lhes causa dôr, ainda que ela seja ínfima......, nunca pensamos nestes a que a poetisa se refere......, estes....., para mim e secalhar para a grande maioria....., não são pessoas sensíveis mas sim pessoas cruéis.....!!!!
De qualquer modo não deixa de ser mais um bonito poema de Sophia de Mello Bryner Andersen e que nos deixa a pensar....!!!!
Meu amigo
Passando para deixar um beijinho.
Rosa
Boa tarde Zé, meu querido.
Gosto dos poemas de Sophia Breyner.
Esse é forte e nosleva a reflexão...gosto.
Beijo e o meu carinho.
Mara
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