Até Amanhã
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.
É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.
É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.
Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.
8 comentários:
Que bom quando sabemos como nasceu a alegria!!!!!!........
Tenho grande admiração por Eugénio de Andrade e todos os seus poemas me encantam....
Este é mais um.....!!!!!.....
Boa tarde, meu querido!
Tuas escolhas são sempre de muito bom gosto, mas hoje tu te superastes!!!!
Que poema "Maravilhoso"! Eu não conhecia.
...Falei de tudo quanto amei. De coisas que te dou para que tu as ames comigo...
Eu sei como nasce o amor...é quando a gente menos espera.
Beijo carinhoso,
Mara
♥ •˚。
Amigo,
Gostei da poesia.
Passei para te deixar um abraço.
Beijinhos, querido.
Brasil
♥ •˚。
°° 。♥。
●/ ♥•˚。˚
/▌
/ \ 。˚。♥
Bom- dia, Eugênio. É realmente um prazer lhe conhecer. Até muitos amanhãs.
Pertence ao grupo dos poetas que mais se lêem, mais se admiram, mais se respeitam. Eu leio-o fascinada e redescubro em cada poema o encanto da sua poesia e da linguagem fabulosa deste Homem cuja obra literária faz parte da minha pequena biblioteca.
Bem-hajas, Andrade!
Beijinhos
Meu querido amigo
Adoro Eugénio de Andrade, como sempre escolhe bem.
Voltando e deixando um beijinho
Sonhadora
Muito bom dizer daquilo que gostamos, daquilo que amamos.
Cadinho RoCo
Bonita poesia,enhorabuena.
Tus comentários a mis fotos siempre son alagadores .
Desde Andalucia un fuerte abrazo
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