Pequenina
Eu bem sei que te chamam pequenina
E ténue como o véu solto na dança
Que és no juízo apenas a criança,
Pouco mais, nos vestidos, que a menina...
Que és o regato de água mansa e fina,
A folhinha do til que se balança,
O peito que em correndo logo cansa,
A fronte que ao sofrer logo se inclina...
Mas, filha, lá nos montes onde andei,
Tanto me enchi de angústia e de receio
Ouvindo do infinito os fundos ecos,
Que não quero imperar nem já ser rei
Senão tendo meus reinos em teu seio
E súbditos, criança, em teus bonecos!
Antero de Quental:
6 comentários:
Grande Antero!
Admiro profundamente o Poeta e o Prosado!
Patabéns pela escolha.
Beijo.
isa.
tens sempre escolhas perfeitas
bjs
Há quanto tempo eu não lia um poema de Antero de Quental?!?!?
Graças ao "palavras pensadas" acabo de o fazer...
Obrigada
Boa tarde , meu querido!
Com certeza, um belo soneto de Antero de Quental!
Gostei muito da tua escolha.
Beijo carinhoso pra ti.
Mara
Muito prazer em seguir seu Blog, faz bem a alma!!!Parabéns pelas escolhas e obrigada por compartilhar.
Linda escolha.
bjs
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