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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Poetas da Nossa Terra






O meu país sabe as amoras bravas

no verão.

Ninguém ignora que não é grande,

nem inteligente, nem elegante o meu país,

mas tem esta voz doce

de quem acorda cedo para cantar nas silvas.

Raramente falei do meu país, talvez

nem goste dele, mas quando um amigo

me traz amoras bravas

os seus muros parecem-me brancos,

reparo que também no meu país o céu é azul





  PSophia de Mello Breyner Andresen 

ou  Eugénio Andrade.....??

9 comentários:

ETERNA APAIXONADA disse...

Gosto muito desse poema também. Sophia é muito querida!
Também fiz postagem hoje com ela. Mas falando sobre o 25 de abril. Está no Datas a Comemorar.
Obrigada pela visita.
Tenha uma ótima semana.
Beijos

Isamar disse...

Gosto muito deste poema e é mesmo um dos meus preferidos mas o seu autor é Eugénio de Andrade e faz parte da obra: " O Outro Nome da Terra". Às vezes, a net, também nos induz em erro como te aconteceu neste caso. Peço desculpa mas não consegui encontrar o teu email.

Beijinhos

Bem-hajas!

Anónimo disse...

Bem vindo!
Que tenha sido boa a tua Páscoa!
Beijo.
isa.

Mara Santos disse...

Boa noite, querido!
Indiferente de quem tenha composto este poema, é lindíssimo.
parabéns pela escolha.
Beijos,
Mara

Anónimo disse...

Sophia é a minha poeta portuguesa predileta.
Sem sombra de dúvida, uma das maiores poetas portuguesas contemporâneas – um nome que se transformou, em sinónimo de Poesia e de musa da própria poesia.
A sua intervenção cívica foi uma constante, mesmo após a Revolução de Abril de 1974.

Este poema que postaste é belíssimo,só que é de Eugênio Andrade outro poeta que me encanta em sua forma de escrita sempre!

Um beijo

Sol disse...

matando a saudade...
bjs.Sol

Sylvia Rosa disse...

Que poema mais doce, como doce é sua amizade...
Boa nt
Bjão

Isamar disse...

Há um poema de Sophia, lindíssimo, que podias deixar aqui, recordando esta Mulher, esta Grande Senhora, que, para mim e muitos outros é genial pelo talento, pela cultura, pela luta pela Liberdade, pela sua postura frontal face à vida:

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


Tenho-o em " A Ver o Mar" cantado pelo Francisco Fanhais, meu caro Andrade.

Beijinhos

Bem-hajas!


p.s. Desculpa a minha insistência mas, com " O meu país cheira a amoras bravas..." podes fazer um post alusivo a Eugénio de Andrade. É um poeta do século XX, como sabes, um Grande Poeta.

Andradarte disse...

Olá Isamar
Obrigado pelos esclarecimentos que muito
agradeço. Tenho postado Eugénio Andrade e tenho dois posts já elaborados...
Bem-hajas a ti
Beijo