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sábado, 28 de agosto de 2010

Poetas da Nossa Terra


Sem Remédio

Aqueles que me tem muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor,
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E e desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos da Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!...

Florbela Espanca


5 comentários:

Anónimo disse...

Bom Dia.
A sensação permanente de "andar perdida" num mundo que ñ a entendia.
Era muito grande para a pequenez da
época que a viu nascer.
Bom fim de semana.
Beijo.
isa.

José Ramón disse...

¡Que belo poema!Obrigado pelo seu comentário espécie tem um bom fim de semana

Magia da Inês disse...

Olá, amigo!
Lindo!!!
Amei!
Bom domingo!
Boa semana!
Beijinhos.
Itabira
Brasil

poetaeusou . . . disse...

*
pois,
Florbela:
.
Mas finjo-me enganada, meu encanto,
Que um engano feliz vale bem mais
Que um desengano que nos custa tanto!
,
saudações,
,
*

William Alexander López disse...

Es una bella recopilación que haces con "Poetas de Nuestra Tierra"

Toda una inspiración
Abrazos