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sexta-feira, 24 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Joaquim Pessoa - 20
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“Pum catrapum pum, pum catrapum pum”,
assim, todas as noites, tal e qual.
Ritmo como este nunca ouvi nenhum,
nem um concerto a vozes tão banal.
*
É sempre a mesma coisa. À mesma hora.
Já sei tudo de cor, está no ouvido.
Este casal que aqui por cima mora,
não consegue passar despercebido.
*
Diz ela: “mete agora, assim, mais fundo…
”,Riposta ele: “isto é o fim do mundo!”,
fazendo o melhor de que é capaz.
*
Nestas casas do século dezoito,
chamadas pombalinas,não há coito
que nos deixe dormir a noite em paz.
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poema vigésimo dos Sonetos eróticos & irónicos & sarcásticos & satíricos & de amor & desamor & de bem & e de maldizer do poeta Joaquim Pessoa
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