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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Joaquim Pessoa


AMOR COMBATE

Meu amor que eu não sei. Amor que eu canto. Amor que eu digo.
Teus braços são a flor do aloendro.
Meu amor por quem parto. Por quem fico. Por quem vivo.
Teus olhos são da cor do sofrimento.

Amor-país.
Quero cantar-te. Como quem diz:

O nosso amor é sangue. É seiva. E sol. E primavera.
Amor intenso. Amor imenso. Amor instante.
O nosso amor é uma arma. E uma espera.
O nosso amor é um cavalo alucinante.

O nosso amor é um pássaro voando. Mas à toa.
Rasgando o céu azul-coragem de Lisboa,
Amor partindo. Amor sorrindo. Amor doendo.
O nosso amor é como a flor do aloendro.

Deixa-me soltar estas palavras amarradas
Para escrever com sangue o nome que inventei.
Romper. Ganhar a voz duma assentada.
Dizer de ti as coisas que eu não sei.
Amor. Amor. Amor. Amor de tudo ou nada.
Amor-verdade. Amor-cidade.
Amor-combate. Amor-Abril.
Este amor de liberdade.

Joaquim Pessoa


3 comentários:

Anónimo disse...

Bom Dia!
Dos poemas de J.Pessoa de que mais gosto. Grito de Alma que fica a ecoar em nós.
Beijo.
isa.

ETERNA APAIXONADA disse...



Aqui em ordem está tudo no blog, ainda bem! Tens que se preocupar apenas com o Andradarte, que logo voltará ao normal.
Uma música linda e sentida a nos receber.
E a presença de Joaquim Pessoa sempre maravilhosa!
Uma ótima acolhida!
Beijos

Vivian disse...

...meu lindo querido,
delícia de post falando
de amor.
este sentimento que nos seduz.

...adoro teus comentários.
até aqueles que são mudos...rs

beijo imenso.