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sábado, 19 de setembro de 2009

Joaquim Pessoa

A todos e a cada um dos meus amigos


Por um por todos por nenhum

faço o meu canto canto a minha mágoa

num desencanto aberto pelo gume

deste pranto tão limpo como a água.

Por nenhum por todos ou por um

eu dou o meu poema o meu tecido

de palavras gravadas com o lume

do medo que na voz trago vencido.

Por nenhum por um mesmo por todos

sou a bala e o vinho sou o mesmo

que pisa as uvas os versos e o lodo

num chão onde a coragem nasce a esmo.



Joaquim Pessoa



4 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

Muito bom, palavras pensadas e poeticamente ditas...
Um abraço
ótimo final de semana

mariabesuga disse...

Joaquim Pessoa tem esse dom de saltar das palavras Amor para as palavras Amigo ou quaisquer outras que sejam de sentidos... porque ele próprio é de e nos sentidos que se constroi.

Aqui as palavras são de mágoa e medo, talvez para com os Amigos e/ou Amores a quem escreve poemas...

Aqui as palavras são de coragem e esperança, seguramente por e para os mesmos a quem sempre dedica o sentido das palavras em que se expressa...

Beijinho JAndrade
Obrigada por mais uma vez... Joaquim Pessoa.

Anónimo disse...

Belíssima escolha! Belíssimo poema.
Ergo ao Poeta e a ti a minha taça de admiração e Amizade.
Beijo.
isa.

Anónimo disse...

Que delícia de poema... Rítmo e apropriação de repetição das palvras que me fazem encantar...

beijos confessos