A todos e a cada um dos meus amigos
Por um por todos por nenhum
faço o meu canto canto a minha mágoa
num desencanto aberto pelo gume
deste pranto tão limpo como a água.
Por nenhum por todos ou por um
eu dou o meu poema o meu tecido
de palavras gravadas com o lume
do medo que na voz trago vencido.
Por nenhum por um mesmo por todos
sou a bala e o vinho sou o mesmo
que pisa as uvas os versos e o lodo
num chão onde a coragem nasce a esmo.
Joaquim Pessoa
4 comentários:
Muito bom, palavras pensadas e poeticamente ditas...
Um abraço
ótimo final de semana
Joaquim Pessoa tem esse dom de saltar das palavras Amor para as palavras Amigo ou quaisquer outras que sejam de sentidos... porque ele próprio é de e nos sentidos que se constroi.
Aqui as palavras são de mágoa e medo, talvez para com os Amigos e/ou Amores a quem escreve poemas...
Aqui as palavras são de coragem e esperança, seguramente por e para os mesmos a quem sempre dedica o sentido das palavras em que se expressa...
Beijinho JAndrade
Obrigada por mais uma vez... Joaquim Pessoa.
Belíssima escolha! Belíssimo poema.
Ergo ao Poeta e a ti a minha taça de admiração e Amizade.
Beijo.
isa.
Que delícia de poema... Rítmo e apropriação de repetição das palvras que me fazem encantar...
beijos confessos
Enviar um comentário