Há poetas puríssimos. Higiénicos.
Que não bebem vinho tinto nem conhecem
o sabor das palavras mais amargas.
Há poetas fechados em gaiolas de oiro.
Portanto livres. Logo, felizes.
Há poetas eleitos.
Não se sabe por quem, é verdade,
mas são tão divinos como a chuva.
Tão finos como copos de cristal.
Tão reservados como os licores estrangeiros.
Tão confortáveis como o ar condicionado.
Há poetas que se amam a si mesmos.
Há poetas que escrevem de modo a não sujar os dedos.
Há poetas que nunca se misturam
para não se comprometerem com os homens.
Há poetas que comem o pão que o povo amassou.
3 comentários:
Mais um Poema deste grande Poeta!
A mensagem q. transmite é,aparentemente,simples.Se só lermos...mais nada!
Mas se lermos, com um pouco,só um pouco de atenção,conhecermos a realidade q. nos rodeia,tudo o que ele diz,em sentido conotativo,temos
a crítica.
Gostei muito.
Beijoo.
isa.
Ameeiiii o poema..
simples aparentemente...mas profundo se a gente analisar a mensagem em si.
beijokas
Grande poeta é este que arrancou da alma tão poeticas palavras!
Bjs
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