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quarta-feira, 4 de março de 2009

Joaquim Pessoa




Quinta canção s/ Lisboa




Chamar-te a ti, Lisboa, camarada,
e depois, eu sei lá, enlouquecer.
Que a loucura é quase um grão de nada
e tu tens um nome de mulher.


Ou dizer que és a minha namorada.
Devagar. Não vá alguém saber
que fizemos amor de madrugada
e tu trazes um filho por nascer.


Se eu inventar de noite a liberdade
de poder beijar-te os olhos e morrer,
no teu ventre não há fado nem saudade
mas apenas os filhos que eu fizer.


E pode ser que eu guarde a tempestade
de ter que aqui ficar. E então dizer
que sobre a minha boca ninguém há-de
pôr rosas de silêncio se eu quiser.

3 comentários:

Anónimo disse...

Quanta beleza e ternura neste Poema! Quanta sensualidade! Quanto
amor! Belíssimo.
Beijoo.
isa.

Anónimo disse...

Uma coisa é certa,às vezes o olhar,
o silêncio cúmplice,o gesto diz mais q. todas as belas palavras!
Acredite pq....pq. sim!!

- Moisés Correia - disse...

Sublimes versos escapam das almas dos poetas
Viajando até ao fundo dos céus como balões …
Suspensos ficam no tecto brilhando poesias inquietas
Reflectindo olhos orvalhados em prados de emoções

Dedicado a todos
Os poetas e poetisas
Deste mundo,
Os que já adormeceram,
E aos outros
Que ainda nem sono têm...

Bem hajam!

Uma boa sexta-feira e um melhor fim-de-semana…

O eterno abraço…

-MANZAS-