L I S B O A
Lisboa tem um vestido azul feito de mar e guerra.
E cheira a laranjas maduras.
Quando as gaivotas trazem no bico os primeiros
pedaços de sol para acender o dia, Lisboa
deixa correr os cabelos pelo Tejo e o Povo pelas ruas.
À mesma hora, a coragem agita no sangue
duas grandes asas inquietas.
Por todas as janelas destruidas, já o mar entrou,
derrubando acácias, cantando hinos de espuma.
E porque toda a coragem é necessária,
toda a esperança é legítima.
2 comentários:
Lindas as palavras de J.Pessoa.
Gosto imenso de as ler.
Hoje já estou desponível para as minhas visitas...
Beijoo.
isa.
Gostei muito de reler estas belas palavras de um poeta que se mantém igual a si próprio, um resistente.
Abraço do Jorge Sineiro.
(Um abraço à Isa, também, se me permite)
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